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Impactos Gerados pelas Construções Convencionais no Brasil: Entenda os Riscos e Caminhos Sustentáveis

  • Foto do escritor: Tiny Home BR
    Tiny Home BR
  • 30 de jul.
  • 5 min de leitura

A construção civil é uma das bases do desenvolvimento econômico e social do Brasil — movimenta a economia, gera empregos e molda o cenário urbano. No entanto, as práticas tradicionais de construção ainda causam graves impactos ambientais e sociais, que muitas vezes passam despercebidos.


Neste artigo, vamos mostrar os principais efeitos negativos das construções convencionais no país e por que é tão urgente adotar soluções sustentáveis.


Emissões de gases de efeito estufa

Principais Impactos Ambientais e Sociais das Construções convencionais


1. Consumo Excessivo de Recursos Naturais


“A construção civil é um dos setores que mais consome recursos naturais - e sem controle, tem grande peso na degradação ambiental.”

Materiais como água, areia, brita, madeira e argila são extraídos em grandes quantidades, muitas vezes sem controle. Isso pode causar:


  • Desmatamento e perda de biodiversidade

  • Erosão e compactação do solo

  • Redução de reservas hídricas

  • Exploração insustentável de materiais não renováveis como cimento e aço


Além disso, o desperdício de água nas obras é uma realidade preocupante em um país que já enfrenta crises hídricas em diversas regiões.


2. Poluição Atmosférica


“Cimento e aço constroem cidades, mas também constroem uma atmosfera mais poluída se não repensarmos os meios de produção.”

A construção civil é responsável por aproximadamente 40% das emissões globais de dióxido de carbono (CO₂) na atmosfera, especialmente por conta da produção de cimento e aço - materiais essenciais no modelo convencional, e também, uma das principais fontes de emissões de gases de efeito estufa (GEE).


O processo de fabricação do cimento, por exemplo, é um processo intensivo em energia e libera grandes quantidades de dióxido de carbono (CO₂) na atmosfera, agravando o aquecimento global e as mudanças climáticas.


Além da fabricação, o transporte desses materiais também emite grandes quantidades de gases de efeito estufa, contribuindo para a mudança climática.


3. Geração de Resíduos Sólidos


“O que é desperdiçado hoje nos canteiros de obra pode se tornar um passivo ambiental por décadas.”

Você sabia que as obras são uma das maiores fontes de resíduos urbanos?


A construção civil é responsável por uma grande parcela dos resíduos sólidos urbanos, geralmente causado pela falta de gerenciamento nos processos e materiais utilizados na construção de uma obra.


A cada obra mal planejada ou demolida, toneladas de entulho, madeira, plástico e metais acabam sendo descartadas de forma incorreta. Sem políticas eficientes de reaproveitamento e reciclagem, esses resíduos sobrecarregam os aterros sanitários e lixões, causando poluição visual, contaminação do solo e até enchentes.


4. Riscos à Saúde Pública


“As obras que constroem lares também podem comprometer a saúde se ignorarem os riscos do pó, resíduos e substâncias tóxicas.”

A poluição do ar causada pela poeira das obras e pelas emissões dos veículos de transporte pode provocar diversos problemas respiratórios, além de agravar doenças como asma e bronquite.


Além disso, os resíduos de construção muitas vezes contêm substâncias tóxicas, como amianto e metais pesados, que representam um risco silencioso à saúde de trabalhadores e das comunidades vizinhas.


5. Alto Consumo de Energia


“Aproximadamente 40% da energia produzida no planeta é utilizada em função da demanda das construções.”

Cerca de 40% da energia consumida no mundo está relacionada ao setor da construção.


As edificações convencionais geralmente apresentam baixo desempenho energético, resultando em altos consumos de energia para aquecimento, resfriamento e iluminação.


Esse consumo elevado de energia não apenas aumenta os custos operacionais, mas também contribui para:


  • Aumento da conta de luz

  • Sobrecarga do sistema elétrico nacional

  • Emissões indiretas de gases de efeito estufa


6. Descaracterização Paisagística e Urbana


“Cidades sem identidade arquitetônica se tornam espaços de concreto sem alma — e sem pertencimento.”

O crescimento desordenado das cidades e a falta de planejamento urbano podem levar à descaracterização paisagística e à perda de identidade cultural.


Muitas construções ignoram o contexto local e não consideram a integração com o entorno, o que gera impactos visuais negativos e compromete diretamente a qualidade de vida dos moradores, afetando principalmente:


  • A estética urbana

  • A memória cultural

  • O bem-estar das comunidades


Empreendimentos fora de escala e desconectados da realidade social geram isolamento, insegurança e perda de identidade urbana.


7. Impactos na Biodiversidade


“Cada metro quadrado de floresta perdido por construções desordenadas é um ecossistema comprometido.”

O avanço desordenado das construções sobre áreas naturais é uma das principais causas da perda de biodiversidade no Brasil.


A expansão urbana e a construção de novos empreendimentos frequentemente resultam no desmatamento de áreas de mata nativa, afetando diretamente a fauna e flora, comprometendo os serviços ecossistêmicos essenciais para o equilíbrio ambiental.


A substituição de vegetação por concreto compromete funções essenciais da natureza, como:


  • Regulação do clima

  • Proteção de mananciais e cursos d’água

  • Polinização e controle biológico de pragas


A perda de biodiversidade é uma consequência direta desse modelo de crescimento, colocando em risco a saúde ambiental e a qualidade de vida das próximas gerações.


Caminhos para a Construção Sustentável


Para mitigar os impactos negativos das construções convencionais, é fundamental adotar práticas de construção sustentável, que considerem a eficiência no uso de recursos, a redução das emissões de GEE e a minimização da geração de resíduos. Algumas estratégias incluem:


  • Uso de Materiais Sustentáveis: Optar por materiais recicláveis, renováveis e de baixo impacto ambiental, como blocos de solo-cimento e madeiras certificadas.


  • Eficiência Energética: Implementar tecnologias e sistemas que reduzam o consumo energético das edificações, como o uso de painéis solares, sistemas de iluminação e ventilação natural, e utilização de equipamentos com selo de eficiência energética.


  • Gestão de Resíduos: Desenvolver planejamento de obra com políticas de reciclagem e reutilização de resíduos da construção para minimizar o impacto ambiental.


  • Planejamento Urbano Integrado e Sustentável: Desenvolver projetos que considerem a harmonia com o entorno e a preservação da identidade cultural e paisagística.


  • Conservação da Biodiversidade: Proteger áreas naturais e promover o desenvolvimento urbano de forma sustentável, como práticas de reflorestamento urbano e construções com menor impacto no solo.


Adotar essas práticas não apenas contribui para a preservação do meio ambiente, mas também promove uma melhor qualidade de vida para as futuras gerações.


“Construir de forma sustentável é escolher preservar o amanhã — sem abrir mão do conforto de hoje.”

Conclusão


As construções convencionais no Brasil têm um papel importante na sociedade, mas seus impactos são significativos e exigem a adoção de medidas sustentáveis para garantir um desenvolvimento urbano equilibrado.


Investir em práticas de construção sustentável é essencial para minimizar os danos ambientais, promover a eficiência no uso de recursos e garantir um futuro mais sustentável para todos.


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Quer saber mais sobre soluções ecológicas para a construção civil? Acesse o nosso blog no site Tiny Home Brasil e explore conteúdos sobre arquitetura sustentável, eficiência energética e moradias inteligentes.


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